A pinsa romana é um prato rico em história, a sua origem é da Roma Antiga. Não é uma versão alternativa simples da pizza, como muitos pensam, mas um ancestral dela. Vamos conhecer a sua história!
A diferença da pizza não está apenas no formato, mas também na massa e na consistência esfarelada. Nos últimos anos, a pinsa teve uma redescoberta e um sucesso que a tornou protagonista da cozinha em Roma e em toda a Itália.
História da pinsa romana
As origens da pinsa remontam à Roma Antiga, como prato de reuso para as famílias camponesas. Os cereais e as farinhas cruas que não podiam ser vendidas nos mercados tornaram-se para os camponeses a base para a massa de uma focaccia crocante e leve, da qual deriva a pinsa romana como a conhecemos hoje.
A origem do nome deriva do termo latino “ pinsère ”, que significa esmagar, esticar, e assim lembrar do trabalho da massa, estendida e pronta para ser assada. Antigamente, a pinsa era usada como pão, para acompanhar molhos e pratos principais. Os ingredientes usados para essa mistura, eram principalmente milho, cevada e outros cereais crus e levemente processados.
Uma das primeiras referências históricas deste prato aparece na Eneida de Virgílio , onde se fala de Enéias que, exausto pela viagem que o trouxe da Grécia à Itália, é acolhido e alimentado pelos povos do Lácio com grandes focaccias de formas alongadas. Essas focaccias podem ser imaginadas como a massa original do primeira pinsa de Roma.
Evolução do pinsa: da Roma antiga aos dias de hoje
O que Virgílio conta não é a pinsa que conhecemos hoje, que de fato esta se inovou e enriqueceu com condimentos e combinações, evoluindo de uma simples focaccia a um produto gastronómico completo.
O sucesso da pinsa e sua evolução moderna têm uma história recente. Em 2000 nasceu a primeira pinserie em Roma graças ao pizzaiolo romano Corrado Di Marco que estudou a antiga pinsa e a mistura de farinhas de sua massa para trazê-la de volta aos dias atuais, com a adição de ingredientes mais contemporâneos como a soja e trigo kamut. A massa ligeira e quebradiça da pinsa, combinada com o encontro com o mundo da pizza e uma releitura moderna, deram origem à pinsa romana tal como a conhecemos hoje.
Diferenças entre pinsa e pizza
A pinsa é muitas vezes confundida com uma versão alternativa e alongada da pizza, pensando que a única peculiaridade está na forma. Na verdade, para além das suas origens antigas, são muitas as diferenças que fazem da pinsa um prato com uma identidade precisa, única e facilmente reconhecível.
São as farinhas utilizadas na massa que marcam a diferença. A pinsa tem uma massa composta por uma mistura de trigo, farinha de arroz e soja , com alto percentual de água (80% de hidratação) e fermento mãe (lievito madre), utilizado em menor quantidade que a tradicional pizza napolitana. A massa da pizza napolitana tradicional é feita com um único tipo de farinha, branca de trigo tenro (tipo 0 ou 00). Essa diferença na massa também se reflete na pinsa, que tem consistência central macia e leve, com bordas quebradiças e estaladiças. Precisamente na consistência é que a pinsa revela toda a sua singularidade, muito diferente de uma típica pizza napolitana, com bordas macias.
Outra característica da pinsa é a sua digestibilidade excepcional, obtida graças a uma longa fermentação e elevada hidratação da massa.
Excelente matéria.
Eu conheci da Pinsa Romana em Roma há anos atrás e desenvolvi a massa com o mix de farinhas como se usa na Itália, e o resultado ficou ótimo.
Só temos elogios de nossos clientes e cada vez mais pessoas ficam conhecendo a Pinsa Romana.
Sou apaixonado pelas massas italianas, aliás sou descendente de italianos rsrsrs e essa matéia era tudo que precisava pois estou estudando a pinsa, já faço a pizza napolitana e a focaccia, agora estou fazendo testes dessa delícia.
Parabéns pela matéria.
Gratidão.
Obrigada