Seis restaurantes italianos fizem parte da lista dos 50 melhores restaurantes do mundo de 2022, que foi revelada a pouco em uma cerimônia em Londres organizada pelo ator Stanley Tucci, cujo aclamado programa da CNN “Searching for Italy” está agora em sua segunda temporada.

Dois desses seis entraram na lista dos dez melhores, e são considerados alguns dos restaurantes mais influentes do mundo: Lido 84 em Gardone Riviera, uma pequena cidade às margens do Lago de Garda em Brescia, em 8º lugar; O Le Calandre, que é gerido pela família Alajmo em Rubano (região de Veneto) e já possui três estrelas Michelin, ficou em 10º lugar.

#8 – Lido 84, Gardone Riviera (Lombardia)

“Situado à beira do belo Lago de Garda, no norte da Itália, o Lido 84 é um verdadeiro restaurante de destino, com vistas deslumbrantes para o lago para complementar a comida e a hospitalidade dos irmãos Riccardo e Giancarlo Camanini”, escreve o World’s 50 Best Restaurants em seu site.

Com um menu de degustação clássico e um inovador e criativo, os pratos do Lido 84 apresentam os produtos do Lago de Garda e das pastagens verdejantes da região. Os destaques incluem a Torta di Rose, um bolo leve com limões Garda e a parmegiana de berinjela a 400 graus. Sem dúvida, a estrela do show é o cacio e pepe en vessie , um prato de macarrão rigatoni cozido dentro de uma bexiga de porco com queijo pecorino e sucos da bexiga, servido à mesa em estilo teatral.”

#10 – Le Calandre, Rubano (Vêneto)

Quanto ao Le Calandre, o World’s 50 Best Restaurants escreve: “A culinária aqui é celebrada através dos tempos e estimula todos os sentidos. Aroma, tempero, textura e óleos essenciais são empregados com maestria para desbloquear uma paleta de memórias primordiais.” Quando o restaurante recebeu o status de três estrelas Michelin em 2003, Massimiliano Alajmo se tornou o chef mais jovem do mundo a receber esse reconhecimento.

A história do Le Calandre, um verdadeiro bastião da hospitalidade italiana, começou em 1981 com a abertura de Erminio e Rita Alajamo. Em 1994, o bastão foi passado para os filhos Massimiliano e Raffaele que, juntos, o elevaram aos altos escalões da alta gastronomia: Max está na cozinha, Raf controla a frente da casa. Em 2003, o restaurante recebeu o status de três estrelas Michelin, tornando Max o chef mais jovem do mundo a receber esse reconhecimento.

Os dois menus de degustação disponíveis mudam e se adaptam com o passar das estações. Ambos contam a história da filosofia pensativa e da pesquisa constante que ocorre na cozinha. É neste quadro que encontramos um risotto de café destilado com pó de alcaparras, bottarga de anchovas e trufa branca: uma combinação de sabores que consegue alcançar um equilíbrio perfeito entre amargo, aromático e salgado. Outro prato significativo é a tainha tostada com migalhas de pão de amora e ameixa e molho de kiwi e algas marinhas, que mostra a maravilhosa afinidade entre as hortaliças da terra e do mar.

Os outros restaurantes italianos a serem apresentados na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo são:

#12 – Uliassi, Senigallia (Marche)

Sentado como uma pérola entre a marina e a praia, o Uliassi está situado em uma impressionante estrutura de madeira branca com vista para o mar com uma icônica varanda de verão. O local é a casa do chef Mauro e da irmã Catia Uliassi, que recebem os hóspedes neste restaurante verdadeiramente único de braços abertos.

A cozinha oferecida é agora uma instituição bem conhecida para gourmets de todo o mundo. É, naturalmente, de um nível extraordinariamente alto, e consegue transitar perfeitamente entre pratos clássicos e pratos inovadores. Isso se deve ao Uliassi Lab: um esforço criativo envolvendo toda a equipe, que se reúne para apresentar ideias novas e empolgantes todos os anos durante os meses finais.

 Depois dos aperitivos intemporais (os hóspedes habituais se revoltariam se o chef os eliminasse) que incluem a falsa azeitona Ascolan, uma bolacha de foie gras e um crouton com anchovas frescas, chegam os novos pratos: um camarão vermelho temperado com sucos da cabeça, gengibre, laranja e canela, seguido de esparguete com azeitonas pretas, eucalipto e pimentos friggitelli.

 A equipe da frente da casa é composta por 11 mulheres talentosas, todas lideradas por Catia.

• Banchina di Levante, 6, 60019 Senigallia AN, Italy
• +39 071 65463
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#15 – Reale, Castel di Sangro (Abruzzo)

Um estilo de cozinha que parece deixar os hóspedes em choque e maravilhado – tendo sucesso com quase todas as garfadas. A comida é o resultado de uma profunda pesquisa técnica. Para cada ingrediente componente, todas as nuances possíveis são dissecadas para encontrar o potencial ideal para cada combinação. O minimalismo no prato desmente a complexidade do sabor em jogo. Com os pratos ‘Cenoura’, ‘Courgette’, ‘Couve-flor’ (dependendo da época do ano), há muito mais além dos seus nomes modestos.

Melancia e tomate, uma homenagem ao verão, é um exemplo brilhante de como Romito trabalha com semelhanças de cores no prato. Vermelho sobre vermelho para os olhos combina com um impacto chocante no paladar, graças a uma mistura especial de ervas – orégano, manjerona, estragão e manjericão. Um prato de truta, servido com amêndoa e louro, não é apenas um prato que fala da região de Abruzzo e do seu rio Sangro, mas também de nuances de textura e sabor.

#19 – Piazza Duomo, Alba (Piemonte)

A cozinha de Enrico Crippa é uma viagem no espaço e no tempo, conduzida pelo sabor, cor, textura e aroma. Seus últimos cardápios mostram uma confluência de duas ideias centrais: por um lado, Crippa quer destacar a relação com os ingredientes e seu território local; por outro, procura explorar novas fronteiras através de uma síntese criativa de gosto e técnica, com acenos para o futuro. Os pratos servidos eliminam o supérfluo e permitem que os ingredientes estrela brilhem, ininterruptamente.

Os pratos que chegam têm referências históricas a cada passo. Caracóis e polenta, por exemplo, apresentam escargot que foram criados por monges beneditinos. As ervas usadas para alimentar esses caracóis eram as mesmas que os monges usavam para seus próprios remédios e infusões. Hoje, essas ervas aparecem ao lado dos caracóis. Um risoto de alho selvagem é igualmente uma obra-prima de cor e sabor.

Contato

#29 – St. Hubertus, San Cassiano (Alto Adige)

O chef Norbert Niederkofler seleciona produtos exclusivamente das montanhas Dolomiti, onde seu restaurante fica. Sua escolha de confiar apenas em produtos locais não é um atalho: “ser fiel ao lugar onde se vive é – paradoxalmente – muito mais difícil [do que tirar ingredientes de qualquer lugar]”, explica Niederkofler.

A coragem compensa – a marca Niederkofler de cozinha com foco na montanha é direta, clara e ao mesmo tempo sedutora. Tartare de truta, purê de batata com limão e fumaça de lariço mostram a simplicidade, confiança e concretude de sua abordagem. É visível novamente em seu ravioli com urtiga, caracóis e leitelho (com manteiga feita de creme fresco diretamente em St. Hubertus) e mais uma vez em um tempura de feno com sorvete Graukäse, que é a evolução de Niederkofler de Canederli ( Semmelknödel ) servido, como tradição dita, com um queijo típico da montanha (local).

Apenas um restaurante italiano já ganhou o prêmio principal da lista, e é a Osteria Francescana em Modena, comandada pelo chef Massimo Bottura (duas vezes, em 2016 e 2018).

Para obter a lista completa dos 50 melhores restaurantes do mundo para 2022 e uma descrição do que os torna especiais, clique aqui .

Fonte: World’s 50 Best Restaurants